Texto: Alexandre Carlos
Madoglio
Diagnosticado com linfoma
de Hodgkin em 2014, Giovane da Silva dos Santos tem 31 anos, e mora no bairro
Bela Vista em Chapecó. Sherek, como é chamado pelos amigos, é apaixonado pelo
futebol desde os primeiros passos, mas teve que deixar a paixão e as chuteiras
de lado e entrar nas quatro linhas com um único objetivo, a vitória contra o
câncer.
Giovane, que é
metalúrgico, começou a sentir dores nos pés. “Eu realizava os exames de
rotina, mas nunca aparecia nada”. Ele relembra como recebeu a notícia de que
estava com o câncer: “Estava trabalhando quando recebi a informação de que
estava com o linfoma, foi um choque. Ele já estava no baço e estava muito
grande, a ponto de pressionar o nervo da coluna”. De acordo com Giovane, a batalha
para a cura foi grande. “Quando descobrimos o câncer, eu pensei que não iria
sobreviver”, conta o morador da capital do Oeste.
Segundo especialistas da
área, o nome linfoma de Hodgkin é em homenagem ao médico inglês Thomas Hodgkin
que descreveu a doença. O câncer de Hodgkin afeta o sistema linfático. Conforme
o Hospital Israelita Albert Einsten de São Paulo, são registrados menos de 150
mil casos da doença por ano no Brasil.
“Foram 12
quimioterapias, fiquei muito debilitado. Um cara forte como sempre fui e não
conseguir fazer nada sozinho sem o apoio de alguém”, fala Sherek. O tratamento
do linfoma foi realizado através de um plano que a empresa onde Geovane
trabalha oferece aos funcionários. “Graças ao plano do Hospital da Unimed
consegui o apoio médico e consegui vencer o câncer. Se eu precisasse do SUS não
sei o que aconteceria”, acrescenta o metalúrgico.
O futebol é uma das
grandes paixões do batalhador e uma das inúmeras perguntas que realizava à
médica do Hospital era se iria volta a atuar nas quadras e gramados. “Ela
sempre respondia que sim. Mas eu nunca imaginava que o tratamento tão forte
iria atingir o sistema nervoso, onde não sinto mais a sensibilidade dos meus
pés, pois atingiu dois nervos na parte motora”, conta Geovane.
O linfoma deixou a
sequela de neuropatia periférica, que não permite criar forças. Através do
ciclismo, uma nova paixão de Giovane, é onde está conseguindo fortalecer a
coordenação motora dos pés. “Apareceu a bicicleta e adequei os pedais e comecei
a andar quilômetros e quilômetros desbravando as belezas de Chapecó e região.
Cada vez mais evoluindo e criando mais e mais forças”, finaliza.
Matéria produzida pelo acadêmico do curso de Jornalismo, Alexandre Madoglio, na disciplina de Jornalismo e tratamento da informação, com o professor Hugo Paulo Gandolfi de Oliveira.
Matéria produzida pelo acadêmico do curso de Jornalismo, Alexandre Madoglio, na disciplina de Jornalismo e tratamento da informação, com o professor Hugo Paulo Gandolfi de Oliveira.
Blz de historia
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